segunda-feira, 21 de março de 2011

Terremotos e Tsunamis no Japão

Por que os terremotos acontecem? A camada mais externa da Terra, a crosta terrestre, é formada por várias placas, como em um quebra-cabeça.

“Essas placas se movimentam, ora se afastando umas das outras, ora se trombando uma com a outra”, explica o geólogo Agamenon Dantas.

“Quando chega a um limite a ponto de romper as estruturas das rochas, de quebrar, de falharem, há liberação de tensão.”

É nesse momento que acontece um terremoto. Ao todo, 90% dos terremotos acontecem nas bordas das placas tectônicas. O Japão fica bem onde duas delas se encontram.

Todo terremoto é seguido de um tsunami, como aconteceu sexta-feira?

“Quando as tensões de um terremoto cujo epicentro ocorre no mar são liberadas, é suficiente para formar grandes ondas. Pode ocorrer tsunami. mas às vezes não é suficiente. Na maioria das vezes, não é”, diz o geólogo.

Mas quando é, formam-se ondas que se propagam em várias direções.

“A onda tsunami, quando é formada em alto mar, tem característica de ter um grande comprimento da ordem de 700, 600 ou 700 quilômetros, e a velocidade com que ela se propaga chega até 700 km/h ou 800 km/h. Em alto mar, a altura dessa onda é da ordem de 30 centímetros”, acrescenta o oceanógrafo, David Zee.

“Mas à medida que ela avança para o litoral, a frente dessa onda, sentindo o atrito com o fundo, o atrito faz com que ela perca velocidade e ela começa a diminuir seu comprimento e a ganhar altura. Ao chegar a quatro metros de profundidade, a velocidade diminui para 20 km/h. Em compensação, o comprimento diminui bruscamente e a altura dela vai ganhando contornos de oito, dez metros”, diz.
“É como se fosse o estouro de uma manada de elefantes. Os elefantes da frente vão perdendo velocidade, contudo os elefantes de trás vão avançando e vão acumulando energia. Aí, chegando a 20 km/h, praticamente não se segura mais essa onda. A energia é suficiente para levar navios, carros, lixo e entulho”.

O terremoto no mar do Japão foi o mais forte daquele país. Atingiu magnitude 8,9 na escala Richter, o suficiente para provocar um tsunami.

O que significa 8,9 pontos de magnitude?

“É a medida dessa energia liberada. Quando a gente fala que teve 5º na escala Richter significa que é dez vezes mais do que quatro. Seis é dez vezes mais do que cinco, porque a escala é logarítmica, não é uma escala normal. Então, no caso do terremoto que teve no Japão, 8,9 é dez vezes mais do que 7,9”, responde o geólogo Agamenon.

É quase cem vezes mais do que sete pontos, a magnitude do que destruiu parte do Haiti no ano passado. O do Haiti teve o epicentro em Terra. O desta semana foi no mar. Foi o mais forte do Japão e o quinto da história mundial. O do Chile, também no início do ano passado, atingiu 8,8 na escala.

Está havendo mais terremotos?

Não. A média de ocorrência de grandes terremotos tem permanecido constante, segundo os dados de longo prazo do USGS, a agência americana de pesquisas geológicas.

“Temos percebido mais esse tipo de coisa devido à globalização e à grande capacidade de comunicação que o homem tem. Qualquer problema que aconteça em qualquer parte do globo é rapidamente transmitida para todos”, diz o oceanógrafo.

O terremoto deslocou o eixo da Terra?

Muita gente ficou preocupada também com a notícia de que o terremoto teria deslocado o eixo da Terra, uma linha imaginária que cruza o centro da Terra e os dois pólos, em torno da qual o planeta gira.
“Depois do terremoto o que aconteceu é que esse eixo deu um pequeno salto de dez ou 15 centímetros. Para nós, isso não tem absolutamente nenhum efeito. Tem problemas para os astrônomos, que têm que apontar para as estrelas na posição certa, e já que a latitude do observatório mudou, então ele tem que fazer uma correção. O sistema de posicionamento global, o GPS, também tem que fazer essa correção”, aponta o astrônomo do Museu de Astronomia e Ciências Afins, Eugênio Reis.

Ele acrescenta: “O eixo da Terra já se move naturalmente uns 4,5 metros por mês. Ele tem um movimento contínuo. Ele se move porque a Terra não é uma esfera perfeita, é irregular, ela tem uma distribuição de massa irregular. Quando tem um terremoto, isso volta, isso se redistribui. Tem o movimento das águas dos mares. Tudo influencia o eixo de rotação da Terra” (Revista Veja)





quinta-feira, 10 de março de 2011

ONU - História das conferências sobre mudanças climáticas






http://blog.planalto.gov.br/a-historia-das-conferencias-da-onu-sobre-mudancas-climaticas/

Pré-sal

Pré-sal

A camada do pré-sal já foi manchete, polêmica e até bandeira da próxima campanha presidencial. Apesar dos bilhões de barris de petróleo alardeados pelo governo, que estão supostamente encobertos por espessas camadas de sal abaixo do leito do mar brasileiro, muito do que se falou até hoje são meras conjecturas. O que realmente significa o pré-sal para o país? Como essa riqueza será explorada? Quais são as garantias de que a extração de petróleo nessas áreas é um bom investimento? Essas e outras respostas irão ajudar você a entender a questão.

1. O que é o pré-sal e onde ele está situado?

É uma porção do subsolo que se encontra sob uma camada de sal situada alguns quilômetros abaixo do leito do mar. Acredita-se que a camada do pré-sal, formada há 150 milhões de anos, possui grandes reservatórios de óleo leve (de melhor qualidade e que produz petróleo mais fino). De acordo com os resultados obtidos através de perfurações de poços, as rochas do pré-sal se estendem por 800 quilômetros do litoral brasileiro, desde Santa Catarina até o Espírito Santo, e chegam a atingir até 200 quilômetros de largura.

2. Qual é o potencial de exploração de pré-sal no Brasil?

Estima-se que a camada do pré-sal contenha o equivalente a cerca de 1,6 trilhão de metros cúbicos de gás e óleo. O número supera em mais de cinco vezes as reservas atuais do país. Só no campo de Tupi (porção fluminense da Bacia de Santos), haveria cerca de 10 bilhões de barris de petróleo, o suficiente para elevar as reservas de petróleo e gás da Petrobras em até 60%.

3. Quanto representa esse potencial em nível mundial?

Caso a expectativa seja confirmada, o Brasil ficaria entre os seis países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo, atrás somente de Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes.

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/pre-sal/index.shtml#1


Balança Comercial

Balança comercial é o nome da conta do Balanço de pagamentos onde se registram os valores das importações e exportações entre os países. Quando as exportações são maiores que as importações registra-se um superávit na balança, e quando as importações são maiores que as exportações registra-se um déficit.

Entenda o que é balança comercial brasileira

Quando compras do exterior superam vendas, indústria nacional tende a ser prejudicada
A balança comercial é representada por tudo que o Brasil – ou um determinado setor da economia – exporta (vende a outros países) e importa (compra dos mercados externos). Já o saldo da balança comercial é a diferença de tudo que foi vendido e comprado pelo país.
Esse resultado pode ser positivo - quando o Brasil mais vende para os outros países de que compra - ou negativo - quando as exportações ficam menores do que as importações.
As vendas de produtos brasileiros para o exterior tendem a trazer recursos estrangeiros para o país e a gerar mais empregos, pois estimulam a produção e contratações de novos funcionários para atender a demanda dos mercados externos.
Já as importações, embora estimulem a concorrência com os produtos fabricados no Brasil e ajudem a melhorar os preços para o consumidor, tendem a prejudicar a indústria doméstica, o que pode causar reflexo negativo na economia e no mercado de trabalho.
http://noticias.r7.com/economia/noticias/entenda-o-que-balanca-comercial-20100726.html