domingo, 9 de maio de 2010

Para os alunos do 2º ano

Alunos do 2º ano: leiam o texto abaixo e resolvam as 4 (quatro) questões.

Entrega terça-feira (11/05) de 14h às 17h na Escola.


MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS

A população movimenta-se pelo espaço geográfico dentro de um mesmo país, ou muitas vezes, atravessando oceanos e mudando de continente. Esses movimentos horizontais da população são chamados de movimentos migratórios e compreendem a imigração (entrada de pessoas em uma região ou país). Quando as migrações acontecem dentro de um país são chamadas migrações internas e quando se processam de um país para o outro são denominadas migrações internacionais.

Quando as pessoas procuram outro lugar para viver, que não seja aquele onde nasceram, elas o fazem por vários motivos. Quando os motivos são econômicos, as pessoas buscam melhores condições de vida, por isso as migrações ocorrem dos países pobres para os países ricos; quando os motivos são políticos e religiosos, as pessoas vão para outros países, fugindo de perseguições de ordem religiosa, política ou por guerra em seu país de origem.


Imigrantes nos Estados Unidos

Em 1990, os Estados Unidos tinham 253 979 140 habitantes, dos quais 9,3% eram hispânicos. Em 2000, o percentual é de 12,5% dos 282 milhões de habitantes. As taxas de crescimento da população hispânica atingiram cerca de 60%, enquanto o total de habitantes aumentou 13,2%.

O alto percentual de hispânicos na população dos Estados Unidos não significa que esse contingente esteja integrado à sociedade do país. Uma prova disso é que não são considerados brancos no censo demográfico. Os "não brancos" de origem hispânica, ■ou melhor, da América Latina, vivem segregados, formando "colônias", de acordo com a nacionalidade, nas maiores cidades do país. Mexicanos, cubanos, porto-riquenhos e outros nativos de países latino-americanos são todos hispânicos para o Census Bureau, órgão oficial que realiza o censo do país.

Um estudo divulgado em março de 2004 pelo U.S. Census Bureau indica que, em 2050, as populações hispânica e negra vão superara maioria branca.


Problemas da imigração nos países ricos

Os imigrantes que conseguem entrar nos países mais ricos enfrentam inúmeros problemas. Geralmente ilegais, realizam trabalhos que os habitantes locais não se dispõem a fazer.

A imigração ilegal traz também outro problema grave: o tráfico de imigrantes. É um negócio lucrativo que cresce cada vez mais. A prática é comum em países da América Latina, até mesmo no Brasil. Entretanto é mais ativa no Leste europeu e norte da África, onde grande quantidade de pessoas pretende ingressar na União Européia. Esses traficantes aproveitam-se do desespero das pessoas e prometem conduzi-las de maneira segura aos destinos pretendidos, cobrando quantias exorbitantes. Entretanto, não é isso o que acontece.

Exemplos malsucedidos dessa prática são notícia em jornais de vários países, envolvendo naufrágios de navios ou acidentes rodoviários com veículos repletos de imigrantes clandestinos. Na maioria das vezes, o número de mortos é elevado.

Além de todas essas provações, o imigrante enfrenta, ainda, a intolerância, o racismo e a discriminação em sua nova pátria.

A aversão ao estrangeiro (xenofobia) e o racismo crescem rapidamente no mundo globalizado.

A concorrência no mercado de trabalho tem sido a principal causa de discriminação de imigrantes nos países ricos. Porém, grupos extremistas unem a xenofobia à intolerância às minorias (negros, homossexuais) e praticam atos de extrema violência.

É o caso dos skinheads, organização neonazista que age notadamente na Alemanha. Desde 1997, a União Européia conta com o Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia (EUMC, em inglês), que "visa a fornecer à Comunidade e aos seus Estados membros dados objetivos, confiáveis e comparáveis sobre o racismo, a xenofobia e o anti-semitismo em nível europeu, que possam ajudá-los na tomada ou definição de ações no domínio de sua respectiva competência". O organismo mostra a situação dos crimes de racismo e xenofobia em países da União Européia.


Fuga de "cérebros"

Os países desenvolvidos disputam os melhores pesquisadores e cientistas para suas áreas de tecnologia de ponta. O Brasil, assim como outros países subdesenvolvidos, também conta com bons profissionais e instituições para o desenvolvimento de novas tecnologias nas áreas de agricultura, saúde, informa-. tica, engenharia genética, etc.

Muitos desses profissionais são cobiçados por países ricos, que tentam atraí-los com ofertas compensadoras de salário. Outros vão para o exterior em busca de aperfeiçoamento para, mais tarde, retornar ao seu país de origem.

As baixas taxas de natalidade e o maior número de aposentados tornam os países da União Européia os maiores candidatos a importadores de "cérebros" nos próximos anos. O Brasil conta com um grande número de cientistas bem conceituados e pode sofrer baixas em suas equipes de pesquisa. Por enquanto, os cientistas brasileiros vão para o exterior, procuram novos conhecimentos e aperfeiçoamentos, mas grande parte deles retorna ou pretende voltar.

Alguns países da União Européia (Alemanha, França e Reino Unido) têm adaptado suas legislações imigratórias, que ficam mais flexíveis para receber "cérebros" de países subdesenvolvidos, principal­mente da índia, da Colômbia, da Argentina e do Brasil.


Resolvam as questões abaixo:

01. Nos Estados Unidos há uma taxa crescente de hispânicos, ou seja, de migrantes da América Latina, principalmente de mexicanos. Podemos então afirmar que os Estados Unidos não faz nenhum tipo de discriminação ao migrante? Justifique

02. A Migração faz emergir uma prática bastante comum nos países que recebem muitos migrantes a xenofobia. Explique no que consiste essa prática e quais as principais justificativas para ela?

03. Uma migração a qual os países desenvolvidos aceitam e até incentivam é a chamada fuga de cérebros. O que é a fuga de cérebros e porque os países desenvolvidos não se opõem a ela?

04. Por que muitas pessoas dos países subdesenvolvidos (sul) tentam migrar para os países desenvolvidos (norte)?

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